segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O PROBLEMA DA MEMÓRIA

Uma das primeiras dificuldades sentidas nas entrevistas era criar os meios para que o entrevistado pudesse lembrar-se de, por vezes, 20 anos, e os relatasse cronologicamente. Esse é um desafio real para qualquer ser humano. Se perguntassem a você o que aconteceu em 2004, talvez você se lembre de três a cinco eventos, e se foi um ano particularmente bom ou ruim, ou se aconteceu algo realmente significativo em sua vida, talvez essa lista aumente um pouco mais, mas não lembramos de cada dia de cada semana de cada mês de cada ano de nossas vidas. Somos seletivos. E por sermos seletivos em questão de memória, resumimos, reorganizamos, classificamos, rearranjamos cada lembrança e com o tempo pouca coisa pode restar para contar.
É muito bom quando encontramos alguém com uma boa memória capaz de lembrar detalhes e esclarecer particularidades que não temos mais hoje meios de descobrir, pois ficaram nas vagas não registradas do tempo.
A situação se torna ainda mais complexa quando tentamos buscar as pessoas do início do colégio, ou mesmo de antes do seu funcionamento, daqueles que idealizaram, sonharam, que trabalharam na construção dos prédios, e o que posso adiantar é que, graças a Deus temos encontrado essas pessoas que nos têm sido muito úteis, puxando de um fio da memória nomes e situações, desdobrando em cores vivas o passado.
Um deles nos lembrou de que nos primeiros anos a comunidade do GAC não era composta só por alunos e professores, mas alguns animais tinham papel fundamental na manutenção e bem-estar geral, mas essa história você terá de esperar para ler no livro...

Alunos industriários do GAC

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